St Margaret's Hope Cada vez que me falares em ir com calma, em fazer depois, lembrarei a pequena aldeia de St Margaret’s Hope, virada a norte na margem da baía, com as suas casas quase iguais e o frio a atravessar os intervalos entre cada uma delas, pequenas vielas que ligam as duas ruas, Front Road, Back Road. Lembrarei o barulho mínimo daquele lugar, feito do ranger de cordas e madeiras no pequeno porto e do ocasional good morning vociferado por alguém que passa. Recordarei os correios minúsculos, mais parecidos com um quiosque, o único pub chamado The Murray Arms, o centro de saúde, a igreja e, numa cota um pouco mais alta, a escola já sem crianças. E recordarei também uma inscrição numa pedra tumular no cemitério: we do all fade as a leaf. Cada vez que me falares em adiar, lembrarei como o tempo passa em St Margaret’s Hope, distante da cronologia da pressa no resto do mundo. Lembrarei também o que terá feito os homens estabelecerem-se naquele lugar: talvez o mesmo que me fez querer ali ficar, à espera que chegasse depois. |